Uma cidade branca, um bar britânico e um relógio desconcertante. Tem um sabor a cais sem água à vista, este lugar – José Cardoso-Pires, in Lisboa, Livro de Bordo. Um barco atraca em Lisboa. Paul, um dos tripulantes decide que não regressará. Prefere ficar a deambular por uma cidade antiga, maltratada, pouco estimada, captando imagens em super-8 para enviar para casa, em jeito de diário visual.
À primeira vista, parece um mau presságio, uma previsão catastrófica, um texto moralista, uma chamada à razão, um elogio à contenção e à sobriedade. Mas não – trata-se tão-só de uma antevisão um tanto ou quanto óbvia: muitos de nós iniciaremos o ano a sofrer de veisalgia. O hipocondríaco já se interroga: veisalgia?
“Breakfast at Tiffany’s” é um daqueles títulos de Cinema que mereceu a honra de uma tradução muito criativa para o Português, décadas antes de existir o Google Translator . Em Portugal, chamou-se “Boneca de Luxo” e, no Brasil, teve a honra suplementar de uma “inha”: “Bonequinha de Luxo”. A boneca, ou bonequinha, era Audrey Hepburn .
Quando em 1958 se estreou no cinema em “Blob”, um filme de terror de baixo orçamento, bem ao jeito da época, Mr. McQueen ainda era um jovem Steve, com um passado problemático, como hoje diríamos. Ainda não era The king of cool , esse cognome que lhe assentará como uma luva até à eternidade, mas, olhando atentamente, já lá está a pose, a atitude cool e uma masculinidade bem evidente mas distante dos padrões hollywoodescos da época.
Um dos hotéis com mais história e mais estórias de Nova Iorque encerrou para obras e desde Agosto de 2011 que não aceita novos hóspedes. A página do Chelsea na Internet também está encerrada. “Please check back periodically for updates”, pedem delicadamente ao visitante quando tenta aceder a mais informações, tudo levando a crer que o hotel se encontra desabitado, apenas ocupado com equipas de obras.
Na ausência de um fio condutor evidente, esta página quer-se na tradição da Miscelânea, essa primeira tentativa de ensaio que floresceu na Europa dos séculos XVI e XVII.
Eis uma coleção de materiais diversos, que têm entre si o facto de terem merecido a atenção do compilador. Que espera agora merecerem a atenção do público.
Quando se escreve num teclado sem cedilha nem til, adensam-se as recordações da Pátria, a língua portuguesa? Era uma boa questão, mas não a fizemos. Nada que o João Santos, fotógrafo-viajante-terapeuta-português e tudo, não esteja habituado a resolver. De momento, está em Adelboden (Alpes Suícos) e foi uma conversa a teclar de cá e de lá.
Paulo Moura é professor de Português e bibliotecário no Maria Amália, aquela escola secundária lisboeta que ainda exibe na fachada a designação «Lyceu Feminino». Para além desta missão, ainda tem tempo para ser actor amador (por puro amor) e para sair por aí à caça de instantâneos de Lisboa. Como é que a fotografia entrou na tua vida?
Apresentam-se a Rute Magalhães e o Filipe Alves, mais o Silverbox Studio. Fazem-no sem efeitos digitais, de um só take, como há 150 anos se fazia. No Silverbox, imaginam, constroem cenas e cenários para retratos, naturezas-mortas ou paisagens, e o resultado é uma imagem gravada em vidro ou metal (um ambrótipo) que usa uma técnica quase alquímica, dos primórdios da arte fotográfica.
A RDB nasceu no longínquo mês de Novembro de 2003 com o simples objectivo de proporcionar aos seus leitores uma alternativa aos media tradicionais, abordando temas diferentes dos usuais, de uma forma distinta e sem restrições editoriais. Ao longo da sua existência, foi ganhando reconhecimento entre os seus leitores e os intervenientes da vida cultural portuguesa, passando ela mesma a ser parte activa do "movimento".
Para Pedro Matos , o autor destas fantásticas fotos, claro que é. Sabe que à partida é no mínimo desconcertante associar uma região do Mundo assolada pela guerra, pela fome e pela miséria ao estilo de roupas aí usadas, mas sabe também que isso pode levar a novas e sábias reflexões. Durante os três anos em que lá viveu a trabalhar na ajuda humanitária, decidiu que cartografar o look do Darfur era outra maneira de contribuir no terreno.
Aparentemente alheado da polémica que se instalou com o Instagram a propósito de através do Facebook as imagens tornarem-se facilmente partilháveis, o tu m blr Rich Kids of Instagram continua em alta. É de fonte segura: a última vez que verificámos a sua existência, havia uma foto com dois Rolex… num só pulso.
About
Lino Palmeiro
Habitualmente faço a revisão e edito textos de outras pessoas. Penso que essa capacidade crítica em relação a textos alheios me ajuda a escrever os meus. Pelo menos, estou convencido disso.